A fintech brasileria iugu, especializada em infraestrutura financeira modular, alcançou um feito que marca uma virada em sua trajetória. Em 2024, a empresa registrou uma receita líquida recorde de R$ 327,3 milhões — alta de 41% em relação ao ano anterior — e, pela primeira vez desde sua fundação, reportou lucro líquido positivo: R$ 18,3 milhões.
Fundada em 2012, a empresa que começou como uma startup de pagamentos digitais colhe agora os frutos de uma estratégia consistente e focada em inovação. Em cinco anos, a receita da iugu cresceu 8,5 vezes. No mesmo período, o volume processado pela plataforma disparou, atingindo impressionantes R$ 81 bilhões em transações em 2024 — um salto de 131% frente a 2023.
“Esses resultados refletem a solidez da nossa estratégia de crescimento”, afirmou André Gonçalves, CFO da companhia. “Alcançar o primeiro lucro líquido da nossa história reforça nossa sustentabilidade financeira e nos dá ainda mais confiança para inovar e entregar valor aos nossos clientes.”
Segundo Gonçalves, o desempenho de 2024 evidenciou o poder da alavancagem operacional da empresa. A margem bruta cresceu 58%, chegando a 56%, um avanço de 6,4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. “Estamos num momento em que a escalabilidade do negócio se traduz em rentabilidade real”, disse.
Outro fator de destaque foi o avanço das transações via Pix, que contribuíram significativamente para a performance da plataforma — responsável por mais de 1,5 bilhão de operações no ano passado. A saúde financeira da empresa também foi atestada por auditoria independente conduzida pela KPMG, ajudando a endossar a imagem da fintech no mercado.
Mais do que celebrar bons números, a iugu dá passos firmes para consolidar sua posição como a solução mais completa em tecnologia financeira para grandes corporações. O foco agora está em eliminar gargalos históricos em processos financeiros complexos, muitas vezes executados manualmente.
A empresa está investindo pesado no desenvolvimento de soluções modulares e altamente personalizáveis, capazes de integrar sistemas e automatizar rotinas operacionais. “Nosso objetivo é reduzir a ineficiência que trava o crescimento das empresas. Com nossa tecnologia, elas podem focar no core business, enquanto nós cuidamos da gestão financeira e das regras de negócio”, afirmou Gonçalves.
No campo financeiro, a fintech também teve um avanço estratégico: o refinanciamento da série I do FIDC iugu, no valor de R$ 100 milhões, por mais três anos. A medida assegura capital competitivo e de longo prazo para os clientes da empresa.
Já no campo da sustentabilidade e governança, a iugu entrou para o seleto grupo de empresas com a certificação internacional B Corp, um reconhecimento que chancela o compromisso da fintech com práticas éticas, responsabilidade socioambiental e impacto positivo.
“Não se trata apenas de performance financeira. Queremos construir um ecossistema que gere valor para clientes, colaboradores, parceiros e a comunidade”, explica o CFO.
Com grandes nomes como Conta Azul, Alice, Eduzz e Clinicorp em seu portfólio, a iugu mira alto. A meta é clara: liderar o setor de tecnologia financeira no Brasil, oferecendo uma plataforma completa que alia robustez, segurança e flexibilidade. “Estamos redefinindo o futuro da gestão financeira no Brasil. É desafiador, mas incrivelmente empolgante fazer parte desse movimento”, destacou Gonçalves.