Insights: Google aponta caminhos para empresas abrirem negócios fora do core business

Gigante americana realiza nesta terça-feira (25) o evento Think with Google, principal atividade de negócios do ano da companhia, que vai mostrar as tendências do mercado e dos consumidores brasileiros a parceiros e potenciais clientes

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Imagens: Leonardo.ia/Ilustração gerada por Inteligência Artificial

Google visa ajudar outras empresas a evoluírem com seus dados e suas ferramentas tecnológicas

Google visa ajudar outras empresas a evoluírem com seus dados e suas ferramentas tecnológicas

Bilhões e bilhões de dados captados e analisados pelo Google geram insights para a gigante de tecnologia americana melhorar sua performance anualmente, o que lhe garante a bagatela de US$ 350 bilhões em faturamento, registrado em 2024. Mas não só isso. Esse oceano de informações também está à disposição das indústrias de diversos setores. Com ele, a companhia de Mountain View, na Califórnia (EUA), visa ajudar outras empresas a evoluírem, principalmente a partir de novas linhas de negócios fora do seu core business.

“Estamos em um momento de transformação muito grande do consumidor, e existe uma oportunidade de beyond industries (ir além das indústrias). O consumidor quer cada vez mais uma experiência fluída, e as empresas estão entendendo essas oportunidades ao oferecer novos serviços e produtos que não necessariamente fazem parte do core”, disse ao BRAZIL ECONOMY Mônica de Carvalho, diretora de negócios para as indústrias de finanças, tecnologia, educação, saúde, viagens e fidelidade do Google Brasil.

A executiva será uma das speakers do evento Think with Google (Pense com o Google), que a companhia realiza nesta terça-feira (25) no Transamérica Expo Center, em São Paulo. É principal atividade de negócios do ano da companhia, que vai mostrar as tendências do mercado e dos consumidores brasileiros a parceiros e potenciais clientes.

Mônica de Carvalho, diretora de negócios para as indústrias de finanças, tecnologia, educação, saúde, viagens e fidelidade do Google Brasil
Mônica de Carvalho, diretora de negócios para as indústrias de finanças, tecnologia, educação, saúde, viagens e fidelidade do Google Brasil

Serão apresentados insights inéditos sobre a Busca, um dos principais produtos do Google, e sobre as mudanças no comportamento dos consumidores. A corporação pesquisou 20 necessidades humanas para testar dois cenários principais: a importância dessas necessidades — quais são mais ou menos relevantes na lógica do consumidor — e o quanto os consumidores estão satisfeitos com o atendimento dessas necessidades por parte das empresas.

Entre os dados mais importantes, destaca-se o fato de que 63% dos consumidores hoje se classificam como value seekers. “Eles consideram que fatores como funcionalidade, inovação e preço acessível são mais importantes do que a marca no momento da compra”, explicou Mônica.

Ou seja, a marca tem deixado de ser um fator determinante para o consumo, algo corroborado por 72% dos consumidores consultados pelo Google, que consideram trocar de marca devido a uma experiência ruim.

Essas informações colocam um holofote na mudança do comportamento do consumidor, que cada vez mais tem poder perante o mercado, avaliou Vitor Zenaide, líder de insights estratégicos no Google Brasil.

“As inovações tecnológicas, como a Inteligência Artificial, vêm para ajudar as empresas a entenderem e se conectarem cada vez mais com esse consumidor, porque ele está no centro”, afirmou o executivo. “Queremos mostrar que, a partir disso, as empresas também podem criar novas formas de receita de maneira mais eficiente.”

CASES

No campo dos cases a serem destacados, o Chase Bank, uma das instituições financeiras mais relevantes dos Estados Unidos, passou a operar a Chase Travel, uma empresa de viagens. “Eles entenderam as necessidades do consumidor e passaram a oferecer algo que fosse tão importante quanto o crédito”, explicou Mônica. “Virou uma linha de negócios relevante que já se tornou a terceira em market share entre as agências de viagem online”, acrescentou.

Há ainda o exemplo de uma companhia de energia que, mesmo dentro de seu ecossistema, ampliou sua área de atuação, passando a produzir e vender sistemas de energia solar para o consumidor final. “É um case que não precisou de uma grande quebra disruptiva em seu setor. Apenas avançou dentro de seu próprio segmento”, afirmou Vitor Zenaide.

Vitor Zenaide, líder de insights estratégicos no Google Brasil
Vitor Zenaide, líder de insights estratégicos no Google Brasil

E também uma empresa de telecomunicações que entrou no mercado de saúde. “Parece distante, mas, com os ativos que ela possui, conseguiu resolver um problema muito relevante para seus clientes. Tudo a partir da análise de dados”, frisou o líder de insights do Google Brasil.

Nesse contexto, o Google pode ajudar as empresas em três aspectos: soluções de tecnologia que possam integrar cada vez mais dados; geração de insights que auxiliem as áreas de negócios, como marketing e CRM (Gestão de Relacionamento com o Cliente), a trabalharem de forma unificada; e acompanhamento dos resultados de negócio por meio de testing learning (testando e aprendendo).

Para cada um desses aspectos, o Google possui ferramentas específicas. E assim continua avançando ainda mais em sua receita global bilionária.

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