IA será prioridade às empresas em 2025, mas só 10% dos líderes estão preparados

Levantamento realizado pela Maitha Tech identificou que 4 a cada 10 profissionais não sabem lidar com a IA no contexto dos times de tecnologia

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Imagens: Cherdchai Chawienghong/iStock

A IA está se tornando um pilar estratégico essencial para as empresas que desejam se manter competitivas

A IA está se tornando um pilar estratégico essencial para as empresas que desejam se manter competitivas

Com o objetivo de diagnosticar os objetivos e desafios das lideranças brasileiras com foco em tecnologia e inovação, a Maitha Tech, consultoria em desenvolvimento de soluções digitais, conduziu o estudo Tech Challenges Brasil 2025. Entre alguns indicativos que chamaram mais atenção, 89% dos respondentes têm uma alta ou muito alta expectativa de entrega de seus times de tecnologia e produto para o ano. Quanto ao cenário de Inteligência Artificial, apenas 10% dos líderes admitiram se sentir completamente preparado(a) para liderar sua equipe no que tange aos desafios provocados por essas novas tecnologias. Quase metade (45,6%) dos executivos afirmaram se sentir pouco ou nem um pouco preparados para lidar com esse novo cenário.

“A IA está se tornando um pilar estratégico essencial para as empresas que desejam se manter competitivas. No entanto, ainda há um grande desafio na capacitação, seja de líderes ou equipes, para extrair o melhor dessas tecnologias e garantir que os investimentos tragam retornos reais”, afirma Caio Laurino, sócio-líder da Maitha Tech.

Entre capacitação de lideranças, quando mencionado as limitações que os respondentes gostariam de evoluir, 25% deles disseram que querem ter conhecimento sobre novas tecnologias e seus impactos nos negócios. Seguido por antecipar tendências que afetarão diretamente o trabalho das equipes (22%), gestão de times (19%) e ampliar a visão de negócios para traduzir desafios estratégicos em ações práticas para os times de tecnologia (15%).

IA arte 1 | Brazil Economy

Foco no negócios

A pesquisa, que ouviu mais de cem gestores de mais de 12 setores da economia, apontou que a perspectiva de 29% dos respondentes é de que o time de tecnologia utilize IA para resolver problemas reais dos clientes e/ou trazer ganhos tangíveis para o negócio. Conceber ou implementar soluções que colocam o negócio na vanguarda do mercado, 24%, e conquistar ganhos de produtividade e entrega, com 20%, completam as mais citadas.

Porém, há um abismo entre expectativa e direcionamento. Quase metade (49%) afirmou que concorda apenas parcialmente que liderança e times possuem clareza dos objetivos a serem alcançados em 2025. Indicando que além de capacitação, falta alinhamento e compreensão sobre todas as etapas que os diferentes setores da companhia irão percorrer.

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Quanto ao investimento na área de tecnologia, IA e análise de dados foram mencionadas por 56% dos gestores como a vertical que deve mais receber orçamento para impulsionar o crescimento. Completam a lista Desenvolvimento e Integração de Software (20%), Infraestrutura e Arquitetura – expansão de nuvem e data centers – (7,7%), Cibersegurança e Proteção de Dados (6%), Experiência do Usuário e Design (4%) e Capacitação e Cultura de Inovação (3%). Chama a atenção também o tópico Aquisição de Talentos que, há alguns anos, já foi uma das principais dores dessas áreas e, nesse caso, não foi selecionada por nenhum dos respondentes como foco de investimentos.

“Objetivos e destinação para investimento variam de acordo com o porte da empresa, e isso está diretamente relacionado à forma como esses líderes irão priorizar esforços ou contratar parceiros para potencializar a operação e reduzir custos”, diz Laurino. Quando se trata de IA, seja voltado para a operação ou para o cliente, pela complexidade e custo, usar modelos já disponíveis no mercado para trazer ganhos aos clientes finais foi mencionado por 41,7% dos executivos, assim como contratar ferramentas já existentes para trazer ganhos para os times internos (30,1%). Quanto a criar soluções próprias para os mesmos objetivos, apenas 28% pretendem desenvolver tecnologia dentro de casa, mencionados por 16,5% e 11,5% respectivamente.

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