Rei do Mate, que vende mais pão de queijo e açaí, cresce em áreas fora do tradicional

Hospitais, faculdades, pontos turísticos e até lojas de materiais de construção recebem as franquias da rede, que pretende fechar o ano com 360 pontos e faturamento de R$ 440 milhões

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Imagens: Divulgação

Fundador e CEO do Rei do Mate, Antonio Carlos Nasraui mira crescimento em torno de 20% em 2025

Fundador e CEO do Rei do Mate, Antonio Carlos Nasraui mira crescimento em torno de 20% em 2025

Duas décadas atrás, cerca de 80% da rede Rei do Mate era formada por lojas de rua ou em shoppings. Hoje as unidades em centros comerciais tradicionais são apenas 10% da rede, que possui 323 pontos de venda. O desenvolvimento de negócios fora dos locais tradicionais é um dos fatores de crescimento da companhia, que faturou R$ 370 milhões em 2024, 18% superior ao período anterior. A expectativa para 2025 é um aumento na receita no mesmo nível, próximo dos 20%, o que vai beirar os R$ 440 milhões.

Já existem 18 unidades sendo preparadas para inauguração nos próximos meses. E a projeção é assinar outros 20 até o fim do ano para superar a marca de 360 lojas neste ano. Entre as inaugurações mais recentes, aberta na semana passada, uma dentro do Fluminense Football Club, do Rio de Janeiro. Existem também duas lojas dentro do Clube de Regatas Flamengo.

Além de clubes, as unidades do Rei do Mate estão em lojas de material de construção, de artigos esportivos, rodoviárias, aeroportos, hospitais, faculdades, empresas (como Itaú e Bradesco) e pontos turísticos, como o Parque do Bondinho, no Morro da Urca, no Rio.

Uma das lojas recém-inauguradas fica no clube Fluminense, do Rio de Janeiro
Uma das novas lojas fica no clube Fluminense, do Rio de Janeiro

“Esses locais querem atender cada vez melhor seus associados, seus clientes e seus colaboradores. Faz parte da profissionalização do mercado. Por isso o interesse em oferecer nossos serviços e produtos, que têm ganhado cada vez mais relevância”, disse o fundador e CEO do Rei do Mate, Antonio Carlos Nasraui, ao BRAZIL ECONOMY. “Nesse sentido, estamos em locais bem diversificados nas mais de 100 cidades, em 20 estados, em que atuamos”, acrescentou o executivo.

Esse movimento de ampliação dos locais de instalação da rede é acompanhado da repaginação das lojas e do cardápio. Depois da pandemia, o Rei do Mate apresentou “outra cara aos clientes”, como define o CEO. “Olhamos para dentro e fizemos um retrofit nas lojas e alteramos algumas receitas para atender à demanda para produtos mais recheados e com um visual mais interessante”, discorreu Nasraui.

As unidades ficaram mais “instagramáveis”, para usar um termo da moda. E as opções do cardápio também. O croissant de chocolate ganhou mais recheio e uma cobertura com granulado belga. “Hoje vendemos 50 vezes mais desse produto”, enfatizou o executivo, ao citar ainda o outro exemplo, o Capuccino Churros, uma versão com borda de doce de leite e cobertura de chantilly e pipoca de churros. A rede adotou ainda a linha empório, de produtos da marca para os clientes levarem para casa.

Isso tudo elevou as vendas e o ticket médio subiu entre 50% e 60% desde 2019 – a inflação medida pelo IPCA no período foi de 29,8%.

Pão de queijo e açaí continuam sendo carro-chefe

Apesar de toda reformulação no cardápio, o pão de queijo e o açaí continuam sendo os mais vendidos da rede. O açaí teve como garota-propaganda a socialite Narcisa Tamborindeguy para impulsionar as vendas – hoje faz propagandas de outros itens da marca. Ela popularizou o produto e fez a marca se destacar das concorrentes, que usam em sua maioria atletas de MMA no marketing. São vendidas 30 toneladas por mês de açaí no Rei do Mate.

Já o pão de queijo é ainda mais relevante. São comercializadas até 80 toneladas por mês, em uma média de três unidades vendidas por segundo. Acompanhados de 1 milhão de xícaras de cafés e cappuccinos mensalmente.

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