Diz o poeta que navegar é preciso, e se entendermos preciso como exato e rigoroso, o Grupo Azimut|Benetti tem se mostrado cirúrgico. Há 25 anos na liderança entre os maiores estaleiros no mundo, a gigante italiana já soma 20% do mercado global de iates, tem o plano de investir 100 milhões de euros em seus pátios fabril e uma carteira de pedidos de mais de 160 unidades até 2029. E ainda que os ventos da navegação global não estejam dos mais favoráveis, o grupo prova que com um bom capitão é possível atravessar a tormenta.
No Brasil quem comanda o barco é o italiano Francesco Caputo, CEO da empresa para o Brasil e América Latina, e o responsável por trazer mais investimentos da multinacional direto para o parque fabril em Santa Catarina.Segundo ele, o norte para driblar as adversidades e seguir com a boa navegação consiste em entender o mercado, puxar tendências e não ter medo de se reinventar. “Temos consistência, baseamos nosso trabalho em estudos e pesquisas e inovação”, disse. Sobre o mercado brasileiro, ele afirma ser bastante importante para o grupo, e em constante crescimento. “Todo esse bom desempenho, para nós aqui no Brasil, reforça nossa responsabilidade em continuar produzindo embarcações que atendam aos mais altos padrões internacionais”, afirma.
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Atualmente, a empresa tem participação no mercado de superiates na casa dos 20%, segundo a estimativa ranking Global Order Book, da publicação britânica Boat International. O faturamento da empresa global , que gira em torno 1,3 bilhão de euros, tem sido sustentado também pelos modelos sustentáveis e híbridos, “incluindo a revolucionária linha Seadeck, que possibilita até 40% de redução nas emissões de CO”, disse Caputo.
Com operações espalhadas por cinco continentes e mais de 2.400 funcionários, o Grupo mantém no Brasil sua única fábrica fora da Itália, localizada em Itajaí (SC), que desempenha um papel estratégico na produção de embarcações entre 51 e 100 pés. A unidade brasileira, com mais de 600 colaboradores, é responsável por atender tanto o mercado nacional quanto o internacional, produzindo iates com o mesmo padrão da matriz italiana e contribuindo para o desenvolvimento náutico do Brasil. Palavra de marinheiro.