Banco Bmg lucra R$ 441 milhões após reestruturação

Ganhos da instituição financeira dobraram em 2024 e Roae voltaram aos dois dígitos, com 12,2% ao ano; foco da empresa volta a ser o mercado de crédito consignado

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Imagens: Divulgação

Banco BMG

Banco cresceu com apoio ao crédito consignado e foco no varejo

No caminho para completar 100 anos, o Banco Bmg tenta voltar a se reerguer. Após uma longa reestruturação, mudanças de rumos e novas estratégias, o banco conseguiu seu primeiro resultado pujante dos últimos anos. Em 2024 a empresa apresentou lucro líquido recorrente de R$ 441 milhões, mais que o dobro dos R$ 205 milhões registrados no ano anterior. O desempenho positivo se deu mesmo diante de um cenário desafiador para o crédito consignado e, segundo Felix Cardamone, CEO do Banco Bmg, se deu pelo ganho de eficiência e foco nas bases da reestruturação. “Temos sido rigorosos no cumprimento da nossa estratégia desde o início, e isso se refletiu nos resultados de 2024”, disse ele. 

De acordo com o balanço do banco, no ano passado, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE) retomou o patamar acima de dois dígitos, encerrando em 10,7% a.a ante 5,2% a.a. de 2023. No quatro trimestre, o lucro líquido recorrente somou R$ 125 milhões e o ROAE atingiu 12,2% a.a.. O executivo explica ainda que um dos pontos que sustentaram tal incremento foi o retorno do foco do Bmg ao nicho de produtos consignáveis e a sua expertise em atender o público 50+ de classes mais populares. 

Banco BMG
Felix Cardamone, CEO do Banco Bmg

 “Mesmo diante do menor patamar de spread do consignado dos últimos 15 anos, conseguimos garantir a geração sustentável de resultados graças à combinação de uma gestão mais eficiente, com menor prêmio de risco na captação e maior qualidade dos ativos, acompanhados pelo avanço da confiança do mercado na nossa capacidade de execução”.

O balanço apontou ainda que o resultado operacional da instituição financeira foi 3,8 vezes maior no ano, atingindo R$ 687 milhões “reflexo da melhora das margens e redução de custos”, disse o executivo. A margem financeira, após o custo de crédito, subiu 17,9% para R$3,1 bilhões. No quatro trimestre, o indicador atingiu R$815 milhões, um avanço de 13,2% em relação ao mesmo período do ano passado. 

No mesmo período, as despesas de pessoal, administrativas e operacionais caíram 0,3%, refletindo o Índice de Eficiência de 52,8% em 2024 – uma melhora de 5,1 pontos percentuais comparado ao ano anterior, “E isso demonstra ganho na eficiência das operações, como o processamento de um volume de propostas de 10,4 milhões, 29,4% maior que em 2023.”

Nas linhas de crédito, foco da empresa desde a reestruturação em 2022, a originação de crédito dos produtos consignados e de varejo Pessoa Física cresceu 21,5% no ano, totalizando R$ 10,6 bilhões de valor liberado. A Carteira de Crédito Total somou R$ 26,3 bilhões, alta de 10,5% na comparação anual. 

Outro destaque de Cardamone foi o ramo de seguridade varejo. Segundo ele, os prêmios comercializados pela Bmg Corretora atingiram R$ 980 milhões em 2024; já os prêmios emitidos pela Bmg Seguradora atingiram R$ 355 milhões, o que representa aumento de 20,4% e 31,7%, sobre um ano antes. 

Já o índice de inadimplência acima de 90 dias encerrou o trimestre em 4,4%. A carteira permanece com foco nos secured loans (consignados + FGTS) que representam 68% do saldo total. Uma saída estratégica, para quem pretende completar no final desta década um século de história.

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