Investimento tem sido a palavra-chave do Grupo Açotubo, uma das maiores distribuidoras de aços do Brasil. O ritmo de aportes para fortalecer e ampliar sua atuação tem sido na casa de até R$ 40 milhões por período. Com faturamento de R$ 1,7 bilhão em 2024 (com entregas de 125 mil toneladas de materiais), a companhia vai aplicar R$ 24 milhões neste ano em melhorias de estrutura, maquinário e tecnologia, com o objetivo de aumentar cerca de 10% a receita e chegar próximo aos R$ 2 bilhões em vendas.
“A perspectiva é de um ano bom, melhor que o ano passado”, disse Bruno Bassi, CEO do Grupo Açotubo, ao expor o plano com exclusividade ao BRAZIL ECONOMY. “Queremos ser ainda melhores em comprar, vender e distribuir muito rapidamente. Temos clientes que buscam material com a gente em 24 horas depois do pedido”, afirmou.
O executivo visa dinamizar ainda mais esse processo com investimentos prioritários destinados à área de Inox, que receberá R$ 6,6 milhões. Soluções Integradas terá aporte de R$ 5,8 milhões, para inclusive ter mais um espaço na planta da empresa em Guarulhos (SP). Capital de giro da SPG Incotep, com sede no Peru, receberá R$ 4,6 milhões.
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A empresa peruana foi adquirida pela Açotubo no início do ano passado. Em 2021, a distribuidora brasileira tinha apenas 30% da fatia da Incotep, que também tem um braço operacional na Colômbia e também está nas mãos do grupo comandado por Bassi. Os dois países são responsáveis por cerca de 15% do faturamento da Açotubo.
Os demais investimentos previstos a curto prazo serão nas divisões de Carbono, com foco na aquisição de máquinas e equipamentos, que deve receber mais de R$ 2,6 milhões, e o setor de TI, com previsão de mais de R$ 1,9 milhão. Além disso, mais R$ 1,2 milhão serão direcionados para a área de Tirantes (barras de ligação), também visando adquirir maquinários.
A operação da Açotubo pelo Brasil
Esses investimentos visam aprimorar as atividades nos 200 mil metros quadrados de armazenagem da |Açotubo que estão espalhados pelo Brasil. A maior parte dessa área está na matriz em Guarulhos. O restante está em polos da indústria do aço, como nas cidades de Canoas e Caxias, no Rio Grande do Sul, em Joinville (SC), Curitiba (PR), Sertãozinho (SP) e Contagem (MG).
A Açotubo tem estudado possibilidades de expandir para o Centro-Oeste, o que deve ocorrer a médio prazo, para atender demandas de máquinas do agronegócio. “Ficamos em um compasso de espera para avançar nesse projeto. Agora estamos sentindo que o setor está mais otimista”, destacou Bassi, que faz entregas de peças, barras e outros materiais de aço com 50 caminhões próprios e outros 100 de parceiros.