School of Rock cresce 20% em 2025 no Brasil oferecendo “terapia” anti-burnout

Maior rede de escolas de música do mundo já tem Brasil como seu segundo mercado em número de franquias, atrás apenas dos EUA

Compartilhe:

Imagens: Divulgação

Paulo Portela, CEO da School of Rock Brasil: perspectivas de crescimento no Centro-Oeste em 2026

Paulo Portela, CEO da School of Rock Brasil: perspectivas de crescimento no Centro-Oeste em 2026

Após passar 27 anos na IBM, onde chegou ao cargo de VP de vendas e produtos na América Latina e até CEO de uma das subsidiárias da gigante no Brasil, o especialista em tecnologia Paulo Portela se aposentou, mas resolveu empreender: junto com a esposa, atuou em diversas áreas, como imobiliária e redes de cafés.

Porém, decidiram que queriam atuar com franquias na área de serviços. Filho de músicos e natural de Tatuí, cidade do interior paulista com um dos maiores conservatórios musicais do País, ele lembrou de um sonho de infância: “Eu sempre quis ter uma banda com os amigos”, afirmou Portela.

Foi aí que o destino colocou uma oportunidade à sua frente: há cerca de 15 anos, ele estava em Nova York e viu alunos da School of Rock, maior rede de franquias de escolas de música do mundo, se apresentando de maneira profissional. “No dia seguinte, antes de voltar ao Brasil, dei de cara com uma revista sobre as melhores franquias dos EUA e a School of Rock era a líder”, afirmou Portela que, depois dessas “coincidências”, decidiu trazer a marca ao Brasil. Em 2013, ele finalmente abriu a primeira unidade.

Hoje, são quase 10 mil alunos no Brasil atendidos por cerca de 1600 colaboradores, sendo que aproximadamente 1200 são professores. A sede administrativa fica em São Paulo e Portela responde à matriz da School of Rock em Boston, EUA. Entre os 17 países onde têm escolas, o Brasil é o segundo maior mercado global da companhia em número de franquias, atrás apenas dos EUA.

Portela também foi o responsável por expandir a marca em Portugal e Espanha e hoje seu negócio controla cerca de 80 franquias. Seu objetivo é chegar a 200 escolas em 2030 e 300 em 2035.

“O ano de 2025 foi muito bom, já que crescemos 20% nossa receita em relação ao ano passado, enquanto as franquias de educação estão crescendo 9%. A margem dos franqueados expandiu quase 6% e chegamos a quase 28% de lucro para eles, sendo que nosso objetivo é chegar a 30%. Isso é importante para a sustentabilidade do franqueado”, comemorou Portela.

No início do ano, havia uma perspectiva de suavização do crescimento que se confirmou, já que em 2024 a receita cresceu 26%. De acordo com a companhia, isso se deu em função dos juros futuros já contratados e o seu impacto para a economia e investimentos.

O CEO chama a atenção ainda para o perfil dos que procuram o ensino da rede, voltado para a busca da música não apenas como carreira, mas também como lazer.

“Dos nossos alunos, cerca de 20% entram na escola querendo ir para a área da música. Mas, a maior parte do nosso público está nos adultos que querem fugir do burnout provocado por essa vida corrida. Muitos presidentes de empresas fazem aula conosco como forma de buscar uma descompressão. Temos ainda muitos pais que matriculam seus filhos não só pela educação, mas para que as aulas ajudem na saúde mental das crianças”, disse.

Jovens de famílias ricas também procuram a School of Rock para garantir um passaporte em grandes universidades do exterior, como Harvard, onde atividades extracurriculares são analisadas na hora de aceitar alunos. E a música é uma das mais cobiçadas. Apesar de atender majoritariamente ao público A e B, a ideia da companhia no Brasil é ampliar o acesso à metodologia da rede para alunos de classes sociais de menor poder aquisitivo.

Do ponto de vista comercial, a School of Rock mantém o foco de aumentar o tíquete médio por meio de ações inteligentes de preços e ofertas, além de incentivar a abertura de mais unidades por um mesmo franqueado e expansão mais acelerada em regiões fora do Sudeste. Entre os projetos corporativos, a companhia está em um processo global de modernização de sua infraestrutura tecnológica, implementando novas ferramentas de mercado, alavancando-se também da inteligência artificial em diversas partes do negócio.

Para 2026, a expansão deve continuar, como explica Paulo Portela: “Queremos crescer no Centro-Oeste onde estamos em apenas duas cidades, Brasília e Campo Grande. A possibilidade de crescimento lá é gigantesca para a gente, muito por causa do agronegócio. Apesar do nome, não ensinamos apenas Rock and Roll”, disse o executivo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

ASSINE NOSSA NEWSLETTER E
FIQUE POR DENTRO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO MERCADO

    Quer receber notícias pelo Whatsapp ou Telegram? Clique nos ícones e participe de nossas comunidades.